ESCRITOS DE JOAQUIM SÍLVIO CALDAS

Escritor, cronista e apaixonado por Natal
RN

jsc-2@uol.com.br


sexta-feira, 23 de novembro de 2012

João Faustino - eu perdôo

No próximo dia 29, a partir das 12 horas, no Salão de Eventos Cardeal Sales (ao lado da Igreja de Santa Teresinha, da rua Rodrigues Alves), o professor e político João Faustino lançará sua nova obra, sob o o mesmo título acima.


Além do valor literário da obra em si, o autor revisita a “via crucis” a que foi submetido no decorrer do ano passado, quando foi envolvido num escândalo que culminou com sua internação hospitalar, para cuidar do coração.

Homem de setenta anos, apesar de sua jovialidade negar, entretanto é muito duro, para quem tem o passado do antigo professor ver seu nome de repente enxovalhado na mídia e recolhido à prisão de um quartel.

O livro tem a apresentação do senador Aloysio Nunes Ferreira e é prefaciado pelo advogado, escritor e poeta Diógenes da Cunha Lima.

O professor relata ao longo de mais de duzentas páginas, as idas e vindas de sua luta para limpar seui nome, inclusive transcrevendo artigos e crônicas que foram publicados em jornais locais em seu favor.

Comento a publicação ainda a ser lançada por já tê-la em mãos e aproveito para elogiar não apenas o conteúdo ali depositado, mas a própria beleza gráfica do empreendimento, que por certo irá se incorporar ao patrimônio histórico do nosso querido Estado.

Parabéns, professor João Faustino. Seus amigos, envaidecidos, agradecem a iniciativa.









terça-feira, 20 de novembro de 2012

O suicídio(?) de Zé

Meu amigo e leitor Godofredo Lucas lembrou-me que a esposa de Zé anunciou que teme que ele cometa o suicídio, caso realmente vá parar na cadeia por conta dos desmandos do Mensalão.


Tendo em vista que o pronunciamento em tela ocorreu após o emocionante discurso do Ministro da Justiça, secundado pela mais emocionante ainda peroração do Ministro Dias Tofolly na sessão de 14 do mês passado, a coisa tem um vezo de protesto em relação às péssimas condições das nossas prisões em geral.

Que Zé vá tentar o suicídio, duvido muitíssimo. Em certos casos, suicídio é um ato de patriotismo, mas em outros, é um ato de covardia, justamente falta de coragem. Ora, não sendo Zé um patriota, mas em sendo um homem sagaz, capaz de mamar em onça, portanto corajoso, jamais cometeria tão tresloucado ato, ainda mais sabendo que dois anos de sistema prisional fechado passam rápido e a ele não faltarão as providenciais mordomias.

Portanto, que descanse em paz a nação brasileira. Zé jamais tomará tal atitude. O que ele fará, nos próximos dois anos, será afiar as armas para novos embates, novos embustes e novas tentativas de corrupção ativa e passiva. O mais que se acrescente é pura figuração ou seja, conversa para boi dormir.

A Nação que se cuide, dois anos passam rápidos.



quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Prisões - urge melhorá-las!

Embora serodiamente, o excelentíssimo ministro da Justiça acaba de descobrir a pólvora!


Num bombástico pronunciamento protestou pelos desleixos do nosso sistema prisional e chegou a declarar preferir morrer a ter que ser prisioneiro em qualquer uma delas Brasil a fora.

Considerando que o PT está no poder há uma década, é uma pena que somente agora o fato chame atenção das autoridades que estão no exercício do Executivo.

Não há brasileiro – autoridade ou homem do povo – que discorde do pronunciamento do Ministro. E para se fazer justiça, o problema não nasceu com o PT. Nosso sistema prisional já vinha se deteriorando há bastante tempo.

O que chama atenção é que somente agora, e ainda mais considerando-se o momento político que o país atravessa, a constatação a respeito do nosso sistema prisional venha ser notado.

Aliás, chegou a ser emocionante também o pronunciamento do Ministro Tofolly, do alto da sua superior magistratura, também a respeito da tese de que o nosso referido sistema não reeduca ninguém, sugerindo mesmo que nossas prisões sejam substituídas por penas educativas.

Tanta preocupação agora, e com tanta ênfase, faz pensar:

Será que é o efeito Mensalão?

E mais: a dar crédito à tese do Ministro da Justiça, vai morrer muita gente nos próximos anos.







terça-feira, 13 de novembro de 2012

Eu acho é pouco!

O protesto do ministro Levandowsky foi tão patético, diante da resposta unânime do colegiado, que ele apelou. Isto é, abandonou o plenário numa espécie de inconformismo. Mais uma vez o ministro Joaquim Barbosa mostrou a que veio. Fez a sua parte, representando sim, a ala autêntica do povo brasileiro que luta com honestidade para vencer na vida.


Tenho prestado atenção ao contraste físico que existe entre o relator e o revisor. O relator, um negro, careca de tanto estudar; o revisor, um ex-advogado (ou continua sendo?) de olhos azuis, aloirado e de feições aquilinas, tal como certos líderes romanos da época da decadência, lembrando ainda certos figurantes de filmes da Segunda Guerra..

Quanto ao ministro Tofolly, tem se limitado praticamente a seguir o voto do ministro relator, papel que ele mesmo escolheu para si.

Por fim, surgiram as condenações. Coincidentemente as menores penas, em relação aos criminosos maiores, recaem justamente para Genoino, Delúbio e Zé. Este, dentro de dois anos ganha liberdade para passar o dia fora do xilindró, conforme prevê nossa hodierna e discutível legislação penal.

Segundo os advogados dos meliantes (para usar a linguagem policialesca) serão utilizados todos os recursos cabíveis (menciona-se até um tribunal internacional (?).para tentar reverter a decisão do nosso colegiado maior.

Sou filho de pais pobres, honestos, lutadores. Meus parentes nasceram no interior, afeitos que eram à criação de gado e a plantação de lavouras de subsistência. Povo sério, que acreditava em Deus, apesar da rudeza das lides campesinas. Povo respeitador e cumridor das leis.

Por tudo isso, tendo em vista a quantificação das penalidades atribuídas aos antigos líderes do PT é que reafirmo: Eu acho é pouco!

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Era só o que faltava!

O Mensalão vai se arrastando. Também, não era para menos. Um saco com quase quarenta gatos. Processo complexo e complicado, além de outros fenômenos.


De qualquer sorte, já restou provado que o Mensalão existiu e que Roberto Jefferson, bem ou mal, prestou inestimável serviço ao país, embora não seja também flor que se cheire. Fez delação espontânea, dispensando o pedido da famigerada delação premiada.

A atuação do ministro Levandowsky, a meu ver, não engrandece a biografia dele, mas pelo menos refreia um pouco o ímpeto do ministro Relator. Uma espécie de contraponto e que de qualquer maneira enriquece o debate jurídico.

Não sei se o julgamento final satisfará a gregos e baianos. Talvez sim, talvez não.

Contudo, uma coisa acaba de me chamar a atenção. O “famigeradíssimo” Marcos Valério, em mais uma manobra (ele, verdadeira encarnação do gênio do mal), após tentar trair os antigos comparsas com um pedido de delação premiada, resolveu agora apelar para um pedido de proteção.

Ora bolas! Quem precisa de proteção é o povo brasileiro!