ESCRITOS DE JOAQUIM SÍLVIO CALDAS

Escritor, cronista e apaixonado por Natal
RN

jsc-2@uol.com.br


sexta-feira, 26 de julho de 2013

Li seu blog


Dominguinhos fez da música asas e canta lá por cima. Sinal que Gonzagão já pode ter acompanhamento ou ser acompanhado em seus acordes.

A simplcidade das letras, a profundida das palavras vão fazer falta. O xodo já não será o mesmo por aqui.

O nordeste vai ficar mais árido sem a brandura das canções dos dois.



E ele se foi e eles se foram



Carmen



quarta-feira, 24 de julho de 2013

Dois craques, cada um na sua

Nesse país de mensaleiros e aloprados, nem tudo está perdido. Entretanto, acabamos de perder dois craques: um da música e o outro do futebol.


Dominguinhos, herdeiro oficial e de fato do grande Luiz Gonzaga, morreu precocemente, já que 72 anos não é idade hoje em dia para ninguém morrer. Não sei se poderia haver alguém no mundo que não gostasse do artista e do homem.

Coincidentemente, no mesmo dia, sobe para o andar de cima o maior ful-back que o mundo já conheceu, o grande Djalma Santos. Contudo ele não era grande apenas pelo futebol de que era dotado. Era grande como exemplo de homem de bem e de atleta que sempre serviu de exemplo aos mais novos.

Talento é coisa que a natureza dota a cada um. Caráter, não, depende do comportamento de cada um de nós.

Agora quando alguém consegue associar o talento ao bom caráter, aí sim, não temos apenas o gênio, mas o bem-aventurado.

Portanto, o Brasil acaba de perder dois grandes homens, por seus talentos e por seus bons exemplos. Fora em outro país e as autoridades lhes mandariam erigir estátuas. Esses dois sim, pessoas do povo, que souberam bem utilizar o talento que Deus lhe deu para somente praticar o bem, com humildade e profissionalismo. Sem demagogia, sem alarde.

Viva Dominguinhos. Viva Djalma Santos. Fora os mensaleiros e os aloprados.

terça-feira, 23 de julho de 2013

O país dos trapalhões


As autoridades in(competentes) estão a alegar que o erro dos batedores que envolveram o Papa numa enrascada de trânsito foi culpa deles mesmos, os batedores. Conversa para boi dormir. Certos erros são imperdoáveis e servem como radiografia para a série de atrapalhadas que já estamos tão acostumados a presenciar nos últimos anos. Lula já denominou de aloprados. Mas é bem pior do que isso.

O governo ostenta um Ministério tão amplo e diversificado que ninguém sabe mais quem manda em quem.

De quem é a culpa dessa vez? Do ministro dos Transportes? Do ministro do Planejamento? Do ministro das Cidades? Da chefa da Casa Civil? Do ministro Secretário da Presidência? Do ministro das Comunicações?/

- Não, a culpa é de dois batedores, sem eira nem beira, que por acaso estavam dirigindo as motos que ciceroneavam a comitiva papal.

Como Deus é brasileiro, o Papa escapou ileso. E ainda deu um show de popularidade, simplicidade e, por que não dizer, coragem. Coragem sim, pois enfrentar a turba, com o carro de vidros abaixados, apertando a mão dos que conseguiam atravessar o cerco da segurança e sem deixar de ostentar, a todo instante, um sorriso nos lábios, duvido que nossos políticos em geral ousassem tanto.

Mas coragem e humildade não salvarão o Papa de algum atentado. Nem creio, sinceramente, que haverá algum. Nosso povo, apesar de meia dúzia de vândalos produzidos a mando não sei de quem, acaba de demonstrar mais uma vez que é um povo manso, pacífico e acolhedor.

Viva o Papa. Deus proteja o Papa.





terça-feira, 16 de julho de 2013

O spa de Rio do Fogo

O SPA de Rio do Fogo




Por Sílvio Caldas



Acabo de freqüentar, pela terceira vez, o SPA de Egídio de e Wanderleya (Termas Center).

A primeira vez, há vinte anos, havia menos alojamentos. Era o começo. Hoje acho que há o dobro de vagas disponíveis, o que significa dizer que a animação é ainda maior, mesmo porque aumentou o número de auxiliares da equipe.

É impressionante a reação de alguns spasianos ao final da estadia, tendo em vista a redução das medidas corporais e do próprio peso. Já cheguei a ver mocinhas chorarem de alegria.

No spa do Rio do Fogo você não tem tempo para nada, pois seu tempo é todo preenchido com caminhadas, exercícios, seis refeições morigeradas. Por outro lado, o pouco tempo de que você dispõe para os afazeres conta hoje em dia com o serviço de internet e de telefones celulares.

A noite ali é sempre divertida, com apresentação de shows ou danças. Poucos se ocupam em assistir a algum programa de televisão.

Enfim, vale a pena (até pelos preços oferecidos) freqüentar o Spa do Rio do Fogo, independentemente da redução do peço e das informações nutricionais transmitidas aos freqüentadores. Ali se desfruta, além da bela vista da beira-mar, de uma paz de espírito tão em falta no nosso dia a dia.



quarta-feira, 10 de julho de 2013

Li seu blog

Caldas,




li o seu blog. Pois é.



Estudamos na mesma escola. La fiz o curso primário até o exame de admissão. Exame de admissão para o ginásio rumo ao Colégio Regina Pacis. Quanto temor naquele exame. Exame em uma e em outra escola. Dona Antonia Maranhão, a diretora. Certa vez, por não saber a taboada "de cor"(ainda se usa essa expressão? Sei não. Hoje nem número de telefone se decora), a professora de sala ameaçou-me ir para a diretoria. A sabatina era na sexta-feira após o lanche. Não é que na semana seguinte, em lugar de chorar matemática, estudei matemática e afiei-me na taboada de multiplicar e dei show. Aquela ameaça salvou-me até hoje para passar troco sem máquina de calcular.



Sirene era amiga da minha mãe. Quando fui estudar no Nossa Senhora da Conceição, mamãe quis me colocar na escola de Sirene que ficava na rua Real da Torre, onde hoje há um prédio. Do lado oposto ao cinema da Torre. Hoje Edifício Cinema da Torre. Não sei por que cargas d'água não fui estudar na escola de Dona Sirene. Sirene com S ou com C?. Não sei. Pouco importa. Sei que fomos lá certo dia. Eu e mamãe. Os pais delas eram amigos. Coisas de portugueses. Ainda na época das bonecas.



Tinha cerca de quatro ou cinco anos e lembro-me como se fosse hoje. Uma única diferença era meu olhar infantil que as tornava imensas e sabias. Serviram-nos um bolo com guaraná frateli vita e deram-me para brincar uma boneca preta. Fora a primeira boneca preta que vi. O brinquedo me despertou curiosidade e encantei-me. Mas tive que deixá-la lá. Havia outras irmãs de Sirene(com C ou com S?)Não me recordo dos nomes. Sei que a mais nova chamava-se Carmen Célia.

Não sabia que havia outra pessoa com o meu nome. Fiquei sem entender como alguém poderia ter o mesmo nome que eu. Coisas da primeira infância. Primeira infância da época.



A escola N. Senhora da Conceição está lá com outro nome, com outras pessoas, mas o prédio ainda é o mesmo, como as lembranças da infância.





Abraços



Carmen