O Ministro Fux acaba de conceder, em seu voto, os favores da delação premiada em favor do réu Roberto Jefferson, o nosso Macumanina do milênio.
Com efeito, o serviço que o ex-deputado prestou ao país foi inestimável. Só que para alguns, a ficha, como se diz, ainda não caiu. Mas aos poucos acredito que chegaremos lá.
De certo modo não deixa de ser constrangedor que a sociedade sirva-se, para atingir os seus saudáveis fins, de um político de comportamento historicamente espúrio, como é o caso do ex-deputado escudeiro de Fernando Collor. Mas foi graças a mecanismo semelhante que a Itália conseguiu vencer batalhas antes consideradas invencíveis, contra a máfia.
No geral os favores concedidos ao delator, quando premiado, inclui até a própria família. São favores que terminam constrangendo também os próprios beneficiados. Enfim, o constrangimento é geral, para quem denuncia e para quem dele se serve. Tudo em prol de se combater um mal maior.
Aos poucos a população em geral vai recobrando sua crença no nosso Poder Judiciário, pois inegável está sendo a atuação dos nossos Ministros em geral, apesar das naturais divergências e pontos de vistas por vezes conflitantes. É justamente para isso que serve o colegiado.
Agora, uma coisa a meu ver, foi providencial e será inesquecível para as futuras gerações: a competência, tenacidade e firmeza do Ministro Relator e a serenidade do presidente Ayres Brito.
Portanto, até agora o Brasil está cantando vitória. É esperar para ver o final.
quinta-feira, 27 de setembro de 2012
quarta-feira, 12 de setembro de 2012
Natal - cidade abandonada
Estamos em começos de setembro. O novo prefeito só tomará posse no início do próximo ano. Daqui para lá, Natal é uma cidade em colapso. A prefeita praticamente de há muito deixou de administrar e a equipe por ela formada está administrando na base de terra arrasada.
Natal está lembrando aqueles filmes que mostravam os nazistas queimando os arquivos quando os aliados estavam prestes a invadir a alemanha. Um salve-se quem puder.
O colapso é generalizado: educação, saúde, segurança; sem falar na buraqueira, que é um assombro.
Em relação aos transportes da cidade, acabo de assistir do empresário Augusto Maranhão uma verdadeira aula sobre os motivos dos aumentos das tarifas de ônibus para a população em geral.
A situação é grave e os argumentos por ele usados em rede de tv local me convenceram perfeitamente. No mínimo poderíamos copiar as soluções de cidades vizinhas e de maior porte, como lembrou, por exemplo, Recife e Fortaleza. Assim, já que não temos a capacidade de criar, que tenhamos pelo menos a humildade de copiar.
Há mais de vinte anos adotei Natal como meu porto final. Amo-a de paixão. Naqueles idos, fazia gosto e orgulho nossos jardins, a limpeza pública, as grandes metas administrativas.
Agora, Natal é o caos.
O futuro prefeito, seja lá quem for, terá que dedicar pelo menos os próximos dois anos de sua gestão a tentar salvar o enfermo, pois a doença é muito grave.
Tatu bola - por que não?
No país do Mensalão, nada mais apropriado que adotar-se o tatu-bola como símbolo do próximo campeonato mundial de futebol. Afinal, o futebol é jogado com bola.
O nosso tatu quando se vê ameaçado realmente se transforma numa bola, fechando-se sobre si mesmo. Portanto, ele não oferece bola a ninguém, porque em si já é uma bola. Já fizeram até o desenho colorido desse símbolo da copa. As cores nacionais.
Agora surgiu o problema: qual o nome que se deve dar ao tatu-bola?
Na África do Sul o nome foi estranho, mas sugestivo: jabulani.
Aqui no Brasil ouvi dizer que vão criar uma comissão de alto nível para lucubrar um nome apropriado para o tatu da copa. Comissão de notáveis, bem se vê.
Fora eu partícipe de tão notável comissão, já levaria no bolso do colete o nome de batismo do nosso tatuzinho.
- Seu nome?
- Zé!
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