quarta-feira, 25 de dezembro de 2013
Pixaram Drummond
Um casal, provavelmente de namorados, foi fotografado pixando a estátua de Drummond.
Se vivo fosse, nosso poeta possivelmente faria uma ode ao casal. Talvez até agradecendo o gesto, pois assim são os grandes poetas. Verdadeiros alquimistas, transformam bosta em estrume, que fazem as flores se tornaram mais belas e viçosas.
Por falar em bosta, tanta merda solta nesse país sem futuro, foram logo pixar Drummon, que não tem nada com o que está acontecendo entre nós. Ali, sentadinho, pernas cruzadas, pensativo, não mexe com ninguém.
Pois é, poeta, agora, não é mais uma pedra que existe no seu caminho, é simplesmente um casal de ignorantes que bem retratam o que está acontecendo no nosso país.
Não mais posso formular-lhe votos de feliz natal, mas você merece muito mais. Votos de feliz eternidade!
sábado, 14 de dezembro de 2013
Kristal e Marina
Não é a
primeira vez que elogio o talento e a beleza de Marina, mas é a primeira vez
que falo sobre Kristal.
Não é de hoje
que admiro Kristal. Mulher do povo e que canta para o povo, olho no olho, sem
frescura, tocando pandeiro e divulgando como ninguém nosso coco de roda.
Contudo, como
Marina, Kristal tem um grande defeito, nasceu e teima em continua vivendo no
Nordeste. E o que é pior, no Rio Grande desvalido do Norte.
Marina dá um
show quando interpreta as composições do avô e grande parceiro de Luiz
Gonzagão, o grande Zé Dantas. Porém Zé Dantas só fez sucesso graças a Gonzagão
que de gibão e alpercata se mandou de Exú e foi enfrentar, cara a cara, os
cariocas. Coragem ou necessidade, não sei, o certo é que se Gonzagão tivesse
ficado cantando por aqui, nas feiras do Nordeste, não tinha passado de dez mil
réis.
O mesmo, aliás,
diga-se de Sivuca.
Esse negócio de
participar de um outro programa no Sul-Sudeste de pouco adianta, mesmo porque a
manipulação salta aos olhos.
Sabe como eles
nos chamam por lá? Paraiba, simplesmente paraiba.
Por que os
novos bahianos fizeram sucesso? Por que saíram da Bahia e foram desfilar na
avenida São Joao.
Pois é Kristal,
eu soube que até a música que você cantou na ultima apresentação não foi
escolhida por você, mas lhe foi imposta pelos ‘entendidos’ de lá. Uma pena. Mas
não se amofine, você tem valor, tem talento e tem um homem ao seu lado que
acredita em você. Ainda que por acaso você não volte a brilhar como merece, a
nível nacional, você é um cristal que pode até trincar, mas não se quebra.
Parabéns
sempre. Às duas.
segunda-feira, 9 de dezembro de 2013
Balaio de gatos ou farinhas do mesmo saco?
Quando eu era menino ouvia muito as
expressões: farinha do mesmo saco, e balaio de gatos.
Passei anos pensando se tratar de
locuções parecidas. Depois entendi perfeitamente a diferença. Farinha do mesmo
saco é farinha igual, seja de primeira ou de segunda qualidade. Já balaio de
gatos pode compreender no seu conteúdo gatos de raça ou gatos assemelhados aos
cães vira-latas. Portanto, gatos aceitáveis e gatos nem tanto.
Viajando em
companhia da presidenta Dilma, amanhã, os ex-presidentes Fernando Henrique,
Fernando Collor e Lula da Silva. Tudo no mesmo avião e tomando do mesmo whisky.
Rumo às homenagens ao grande Mandela.
Lá se vão
farinhas do mesmo saco ou é um balaio de gatos?
domingo, 1 de dezembro de 2013
A aprovação dos petistas honestos
Quase noventa por cento dos petistas
aprovaram, através de confiáveis pesquisas de opinião a atuação do ministro
Joaquim Barbosa em relação ao processo dos chamados mensaleiros.
Considerando que o Partido dos
Trabalhadores não surgiu artificialmente, como a maioria dos partidos, mas tem
origem e legitimação na massa da classe operária, não é de se estranhar.
O operariado em geral, em qualquer
país, é constituído de pessoas pobres, mas que fazem do trabalho seu meio de
vida. São pessoas em princípio honestas, simples e de bons propósitos.
Daí, não se deve confundir os petistas
em geral com o PT oficial. Este, sim, sofisticou-se e pretendeu se eternizar no
poder, daí o projeto corruto de Zé Dirceu et
caterva.
Nenhum petista de boa índole, do bem
(não confundir com os de bens)
discordarão por certo da atuação do ministro Joaquim, ainda mais que ele mesmo
teve suas origens na classe operária.
Afinal, esses quase noventa por cento
das pesquisas honram, sim, o PT original e repudiam a corrupção, como soe
acontecer com a imensa maioria do povo brasileiro.
sábado, 23 de novembro de 2013
Genuino,,coitadinho
O problema – graças
a Deus – não era um prenúncio de infarto. Era pressão alta, como aliás é meu
caso, mesmo fora da prisão. Com um remedinho, a pressão baixa.
A mídia em
geral preocupou-se com o estado de saúde do herói. Afinal, não é todo dia que
um mensaleiro tem sua saúde afetada. Porém o rebate era falso. Dizem que foi
apenas um pretexto, mais uma manobra causídica para ver se cola Genuino pagar a
pena no recôndito do seu lar. Mesmo porque ficaria perto da família, dos filhos
e dos netinhos. Essas coisas humanitárias.
Já o Zé, com
sua mania de limpeza, quer botar todo mundo da cadeia para fazer limpeza. Não
sei se há por lá algum cofre. Como também não sei se limpeza é o mesmo que
lavagem.
E por falar em
lavagem, a famosa transposição do são Francisco anda devagar, quase parando.
Rachaduras no concreto, meia-sola em tudo quanto é buraco etc.
Pra completar,
enviaram-me um e-mail segundo qual o César da novela estaria prestes a cometer
o suicídio, pois segundo os boatos, descobriu que bem poderia ser o pai de
influente política.
Quanta maldade!
Estimo as
melhoras do herói do Araguaia. O resto é apenas resto.
domingo, 17 de novembro de 2013
Frei José Maria do Amor Divino
Final da década de cinquenta. Congresso Carmelita, se não me falha a já vaga
memória. Até o nome do frei, já não o garanto. Vale a pena apenas pela
lembrança.
Lá em casa,
apesar de pequena, meu pai hospedou umas hóspedes sergipanas que vieram para o
evento. Dentre elas, uma que iria se apresentar na semana seguinte para adotar
os votos de candidata a freira salesiana.
O ápice do
congresso foi num domingo. O parque 13 de Maio estava apinhado. Por volta das
16 horas, surge a grande estrela: nada mais, nada menos, que o Frei José Maria
do Amor Divino, ou como o povo teimava em aplaudir e proclamar: o frei José
Mojica.
José Mojica,
aos meus olhos de criança, era homem de uns 2 metros de altura, meio agalegado
e, apesar das vestes sóbrias franciscanas impunha um porte atlético de chamar atenção.
Os aplausos só
minguaram quando foi anunciado que o frei iria cantar em homenagem aos antigos
admiradores uma única música profana (Jura-me) e em seguida cantaria uma
ave-Maria.
Para os mais
jovens, relato. José Mojica era um artista de cinema mexicano que, graças ao
seu sucesso, logo foi transferido e adotado para a meca cinematográfica, que
sempre foi Hollywood. Porém no auge da fama eis a reviravolta. José Mojica
renuncia à fama e à fortuna e ingressa num convento franciscano, vestindo a
sotaina inspirada no famoso santo.
Eu era criança,
mas lembro-me de uma senhora sergipana, solteirona, que estava perto de mim.
Dela ouvi sem querer o seguinte comentário.
- Meu Deus,
acho que pequei. Eu já fui tão apaixonada por esse frade. Mas ela era apenas um
grande artista de cinema e cantor famoso. Mas acho que continuo apaixonada por
ele.
Levei muito
tempo para entender o espírito da coisa.
sábado, 16 de novembro de 2013
Pizzolato versus Cesare Batisti
Embora
o nome do facínora fosse italianado, de mim, jamais atentei para a
possibilidade de uma duplicação de nacionalidade. Contudo, duvido muito,
sinceramente, que a nossa Abin não tivesse em informação nos seus arquivos.
Portanto, simplesmente deixaram escapar um dos maiores manipuladores do
mensalão.
Por
outro lado (há sempre o outro lado), o facínora Cesare Batisti foi acolhido
entre nós. Será lógico e plausível que a
Itália agora, numa vingança diplomática, acolha o nosso mafioso por lá.
Qual
é o partido político brasileiro que sai ganhando, não sei, sei apenas que quem
sai perdendo na história, mais uma vez, é o provo brasileiro.
Pena
que nenhum ministro do STF não tenha atentado para essa fuga.
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