ESCRITOS DE JOAQUIM SÍLVIO CALDAS

Escritor, cronista e apaixonado por Natal
RN

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sábado, 23 de novembro de 2013

Genuino,,coitadinho


         O problema – graças a Deus – não era um prenúncio de infarto. Era pressão alta, como aliás é meu caso, mesmo fora da prisão. Com um remedinho, a pressão baixa.

         A mídia em geral preocupou-se com o estado de saúde do herói. Afinal, não é todo dia que um mensaleiro tem sua saúde afetada. Porém o rebate era falso. Dizem que foi apenas um pretexto, mais uma manobra causídica para ver se cola Genuino pagar a pena no recôndito do seu lar. Mesmo porque ficaria perto da família, dos filhos e dos netinhos. Essas coisas humanitárias.

         Já o Zé, com sua mania de limpeza, quer botar todo mundo da cadeia para fazer limpeza. Não sei se há por lá algum cofre. Como também não sei se limpeza é o mesmo que lavagem.

         E por falar em lavagem, a famosa transposição do são Francisco anda devagar, quase parando. Rachaduras no concreto, meia-sola em tudo quanto é buraco etc.

         Pra completar, enviaram-me um e-mail segundo qual o César da novela estaria prestes a cometer o suicídio, pois segundo os boatos, descobriu que bem poderia ser o pai de influente política.

         Quanta maldade!

         Estimo as melhoras do herói do Araguaia. O resto é apenas resto.

        

domingo, 17 de novembro de 2013

Frei José Maria do Amor Divino


         Final da década de cinquenta. Congresso Carmelita, se não me falha a já vaga memória. Até o nome do frei, já não o garanto. Vale a pena apenas pela lembrança.

         Lá em casa, apesar de pequena, meu pai hospedou umas hóspedes sergipanas que vieram para o evento. Dentre elas, uma que iria se apresentar na semana seguinte para adotar os votos de candidata a freira salesiana.

         O ápice do congresso foi num domingo. O parque 13 de Maio estava apinhado. Por volta das 16 horas, surge a grande estrela: nada mais, nada menos, que o Frei José Maria do Amor Divino, ou como o povo teimava em aplaudir e proclamar: o frei José Mojica.

         José Mojica, aos meus olhos de criança, era homem de uns 2 metros de altura, meio agalegado e, apesar das vestes sóbrias franciscanas impunha um porte atlético de chamar atenção.

         Os aplausos só minguaram quando foi anunciado que o frei iria cantar em homenagem aos antigos admiradores uma única música profana (Jura-me) e em seguida cantaria uma ave-Maria.

         Para os mais jovens, relato. José Mojica era um artista de cinema mexicano que, graças ao seu sucesso, logo foi transferido e adotado para a meca cinematográfica, que sempre foi Hollywood. Porém no auge da fama eis a reviravolta. José Mojica renuncia à fama e à fortuna e ingressa num convento franciscano, vestindo a sotaina inspirada no famoso santo.

         Eu era criança, mas lembro-me de uma senhora sergipana, solteirona, que estava perto de mim. Dela ouvi sem querer o seguinte comentário.

         - Meu Deus, acho que pequei. Eu já fui tão apaixonada por esse frade. Mas ela era apenas um grande artista de cinema e cantor famoso. Mas acho que continuo apaixonada por ele.

         Levei muito tempo para entender o espírito da coisa.

sábado, 16 de novembro de 2013

Pizzolato versus Cesare Batisti


                Embora o nome do facínora fosse italianado, de mim, jamais atentei para a possibilidade de uma duplicação de nacionalidade. Contudo, duvido muito, sinceramente, que a nossa Abin não tivesse em informação nos seus arquivos. Portanto, simplesmente deixaram escapar um dos maiores manipuladores do mensalão.

                Por outro lado (há sempre o outro lado), o facínora Cesare Batisti foi acolhido entre nós. Será  lógico e plausível que a Itália agora, numa vingança diplomática, acolha o nosso mafioso por lá.

                Qual é o partido político brasileiro que sai ganhando, não sei, sei apenas que quem sai perdendo na história, mais uma vez, é o provo brasileiro.

                Pena que nenhum ministro do STF não tenha atentado para essa fuga.       

 

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

O falso e o verdadeiro


    Na data de hoje, o  ministro Padilha, da saúde (com s pequeno mesmo) disse em entrevista que confiaria sua saúde (ou seja, sua vida) a qualquer médico que tivesse sido reprovado pelo revalida.

            A mentira é tão deslavada que espera-se a qualquer momento u desmentido do tipo: bem, não foi exatamente o que eu quis dizer.

            No mesmo dia o ministro da Aviação disse que viajar de avião no Brasil é o mesmo que entregar a alma a Deus.

            Portanto, dois ministros, faces da mesma moeda.

            De mim, duvido que o ministro Padilha tivesse a coragem de confiar a saúde do seu filho a um médico reprovado pelo revalida. Mentira, senhor ministro. Seja honesto ao menos em suas declarações públicas.

            Parabéns ministro Márcio Moreira Alves, pelo menos declarou aquilo que todo brasileiro que viaja de avião já sabe. Entregar a Deus.

            No mais, o governo vai bem... mal.