Refiro-me à imprensa séria, descomprometida. Imprensa sem cor partidária. Imprensa que só funciona nos regimes democráticos, sem mordaça. Imprensa capaz de derrubar chefes poderosos de Estado, como Nixon, nos Estados Unidos. Imprensa como a Folha de São Paulo, capaz de derrubar um ministro poderoso como Palocci.
Não cabe à imprensa provar ou julgar os atos de quem quer que seja. A prova cabe a quem acusa; o julgamento cabe à Justiça. A imprensa apenas divulga o que chegou ao seu conhecimento. Nem todas as informações que chegam ao conhecimento dela são verdadeiras. Mas, como disse, não é outro seu papel, senão o de divulgar.
Em relação a Palocci, ninguém é capaz de duvidar da sua capacidade, da sua competência. Afinal, não é todo mundo que consegue em apenas dois anos multiplicar o próprio patrimônio por vinte!
Por outro lado, apesar da crise política que envolveu o governo Dilma, que lhe deu todo crédito; apesar do parecer do Procurador Geral do Estado, que não acatou as denúncias, por falta de fundamentação técnica, Palocci não pode e não deve jactar-se de um remoto procedimento ético de sua parte. Ele pode até ser inocentado futuramente pela Justiça. Esta nem sempre julga de acordo com a verdade absoluta. Tecnicamente é possível inocentar-se o culpado e condenar-se um inocente.
Justiça mesmo, afinal de contas, reside na consciência de cada um.
Cristo foi condenado à morte, mas todos temos consciência da sua inocência.
Barrabás foi inocentado dos seus crimes, contudo todos sabem dos crimes por ele praticado.
Assim, o maior juiz de Palocci é a consciência dele. Isto é, se ele tem alguma.
O resto é bla-blá-blá.
E mais, que não se julgue Palocci apenas por sua aparência. A julgar pelas aparências, pessoalmente acho que ele é um cara de pau. Mas a ninguém é dado julgar ninguém apenas pelas aparências.
Agora, gostei mesmo foi da nova Ministra. Muito bonita!
sexta-feira, 10 de junho de 2011
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