ESCRITOS DE JOAQUIM SÍLVIO CALDAS

Escritor, cronista e apaixonado por Natal
RN

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sábado, 14 de dezembro de 2013

Kristal e Marina


 

         Não é a primeira vez que elogio o talento e a beleza de Marina, mas é a primeira vez que falo sobre Kristal.

         Não é de hoje que admiro Kristal. Mulher do povo e que canta para o povo, olho no olho, sem frescura, tocando pandeiro e divulgando como ninguém nosso coco de roda.

         Contudo, como Marina, Kristal tem um grande defeito, nasceu e teima em continua vivendo no Nordeste. E o que é pior, no Rio Grande desvalido do Norte.

         Marina dá um show quando interpreta as composições do avô e grande parceiro de Luiz Gonzagão, o grande Zé Dantas. Porém Zé Dantas só fez sucesso graças a Gonzagão que de gibão e alpercata se mandou de Exú e foi enfrentar, cara a cara, os cariocas. Coragem ou necessidade, não sei, o certo é que se Gonzagão tivesse ficado cantando por aqui, nas feiras do Nordeste, não tinha passado de dez mil réis.

         O mesmo, aliás, diga-se de Sivuca.

         Esse negócio de participar de um outro programa no Sul-Sudeste de pouco adianta, mesmo porque a manipulação salta aos olhos.

         Sabe como eles nos chamam por lá? Paraiba, simplesmente paraiba.

         Por que os novos bahianos fizeram sucesso? Por que saíram da Bahia e foram desfilar na avenida São Joao.

         Pois é Kristal, eu soube que até a música que você cantou na ultima apresentação não foi escolhida por você, mas lhe foi imposta pelos ‘entendidos’ de lá. Uma pena. Mas não se amofine, você tem valor, tem talento e tem um homem ao seu lado que acredita em você. Ainda que por acaso você não volte a brilhar como merece, a nível nacional, você é um cristal que pode até trincar, mas não se quebra.

         Parabéns sempre. Às duas.

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