Não é a
primeira vez que elogio o talento e a beleza de Marina, mas é a primeira vez
que falo sobre Kristal.
Não é de hoje
que admiro Kristal. Mulher do povo e que canta para o povo, olho no olho, sem
frescura, tocando pandeiro e divulgando como ninguém nosso coco de roda.
Contudo, como
Marina, Kristal tem um grande defeito, nasceu e teima em continua vivendo no
Nordeste. E o que é pior, no Rio Grande desvalido do Norte.
Marina dá um
show quando interpreta as composições do avô e grande parceiro de Luiz
Gonzagão, o grande Zé Dantas. Porém Zé Dantas só fez sucesso graças a Gonzagão
que de gibão e alpercata se mandou de Exú e foi enfrentar, cara a cara, os
cariocas. Coragem ou necessidade, não sei, o certo é que se Gonzagão tivesse
ficado cantando por aqui, nas feiras do Nordeste, não tinha passado de dez mil
réis.
O mesmo, aliás,
diga-se de Sivuca.
Esse negócio de
participar de um outro programa no Sul-Sudeste de pouco adianta, mesmo porque a
manipulação salta aos olhos.
Sabe como eles
nos chamam por lá? Paraiba, simplesmente paraiba.
Por que os
novos bahianos fizeram sucesso? Por que saíram da Bahia e foram desfilar na
avenida São Joao.
Pois é Kristal,
eu soube que até a música que você cantou na ultima apresentação não foi
escolhida por você, mas lhe foi imposta pelos ‘entendidos’ de lá. Uma pena. Mas
não se amofine, você tem valor, tem talento e tem um homem ao seu lado que
acredita em você. Ainda que por acaso você não volte a brilhar como merece, a
nível nacional, você é um cristal que pode até trincar, mas não se quebra.
Parabéns
sempre. Às duas.
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