ESCRITOS DE JOAQUIM SÍLVIO CALDAS

Escritor, cronista e apaixonado por Natal
RN

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terça-feira, 12 de outubro de 2010

Homenagem a Francisco Ivo Cavalcanti

A Academia de Letras Jurídicas do Rio Grande do Norte – ALEJURN – agora sob a presidência do distinto e ilustre escritor Jurandyr Navarro, dando prosseguimento à feliz idéia do presidente anterior e seu fundador, Adalberto Targino, promoveu mais uma sexta-feira da mais alta estirpe cultural.


A ideia é das mais felizes e consiste em cada acadêmico proferir palestra para os demais confrades e ao público em geral em torno de cada patrono, pelo ocupante da respectiva cadeira.

Assim, coube ao ocupante da cadeira que representa o grande Francisco Ivo Cavalcanti proferir a tal palestra. Nada mais nada menos que outro grande, o velho (eu disse velho?) Heider Furtado.

Uma manhã feliz. Para começar, o acadêmico Heider, ele mesmo pertencente à primeira turma de alunos da Faculdade de Direito do Rio Grande do Norte fora aluno do próprio homenageado, de quem privou a amizade e nos revelou com riqueza de detalhes os fatos que fizeram do patrono de sua cadeira uma figura hoje histórica e cada vez mais reverenciada, pois além de primeiro presidente da seccional da OAB se destacou como festejado poeta, sendo de sua autoria várias modinhas do nosso cancioneiro popular.

Após a primorosa palestra seguiram-se comentários de alguns acadêmicos presentes, também em torno do ilustre homenageado e em louvação ao competente trabalho que acabara de ser produzido.

Por falar nisso, um dos comentadores, o procurador José Antônio Pereira Rodrigues ressaltou mais um detalhe envolvendo sua genitora, professora Olívia Pereira Rodrigues, recentemente falecida aos 106 anos e o homenageado. De acordo com seu relato, era a professora Olívia a mais antiga aluna do doutor Francisco Ivo, ainda em vida.

Ao fim dos trabalhos nos cumprimentamos, e o doutor José Antônio, que como eu foi também estudante na década de 50 em Recife me fez lembrar de um tipo popular daqueles idos, o preto velho conhecido sob a alcunha de Chá Preto, que empunhando um pequeno tabuleiro perambulava aos gritos anunciando seu produto.

- Quem vai querer! Não passo mais hoje aqui. Olha o chá preto! Chá preto e pente!

Sei não, mas tenho a impressão de que estou ficando velho.

E por falar em velho acredito que meu colega de turma e grande jurista constitucionalista Francisco Ivo Cavalcanti Dantas é filho do ora homenageado. Prova da eficácia da genética.

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