Até que enfim, parece que a oposição vai se organizar para valer, pelo menos no Senado Federal, graças à inconteste liderança de Aécio Neves.
Quarta-feira da semana passada ele deu mostras da sua capacidade e liderança política. Ainda no vigor de sua relativa juventude, permaneceu dialogando e debatendo com os colegas de Senado durante mais de cinco horas, sem arredar o pé da tribuna.
Quer queira quer não, impossível de dissociar sua figura em relação à figura do avô, o saudoso Tancredo Neves. Mas Aécio tem estilo próprio, tendo herdado do avô o profissionalismo e aquela simpatia natural.
O debate foi de alto nível e mais competente ainda foi o discurso do jovem orador. Respeitou o governo, proferiu um discurso com argumentos bem fundamentados, reconhecendo-lhe as qualidades e dizendo verdades com elegância e firmeza.
Embora a política seja uma ciência, mas é também uma arte. Aliás, em relação aos políticos, ela é bem mais arte do que ciência. Prova disso é o fenômeno Lula. Aliás, não é o mesmo caso de Dilma, que, não tendo a liderança e competência naturais de Lula, entretanto exerce a política muito mais como uma dedicada e estudiosa técnica.
Apesar dos pesares, acho que a presidenta vai muito bem, pelo menos até agora, nesses três meses de governo. Discreta, dotada de personalidade marcante, preferiu divergir dos rumos de Lula em relação ao estilo populista e assistencialista dele. Acho que por isso mesmo está agradando ou, pelo menos, não está desagradando tanto.
Sem dúvida, o Brasil está vivendo um grande momento político e o futuro nos reserva melhores rumos, com uma oposição responsável e o governo, por isso mesmo, mais atento aos novos caminhos.
Lula, a meu ver, já cumpriu o papel que tinha que cumprir nessa transição para uma verdadeira democracia e espero que ele passe a fazer o que mais gosta, que é usar o palanque. Está com a vida feita, o futuro materialmente garantido e pelo visto vai ganhar muito dinheiro fazendo palestras pelas universidades do planeta.
Quanto a Dilma, graças a sua forte personalidade, espera-se que ela se saia bem em relação aos aloprados. Não entendi a nomeação de Genuíno para assessorar o Ministério da Defesa, mas... ninguém é perfeito, nem mesmo ela. Como dizem que o mal por si se destrói, acho que será apenas uma questão de tempo.
Quanto a Aécio, não é difícil de prever o brilhante e futuro estadista que tem à sua frente, pois como poucos, sabe aliar a política como ciência e como arte.
quinta-feira, 14 de abril de 2011
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