ESCRITOS DE JOAQUIM SÍLVIO CALDAS

Escritor, cronista e apaixonado por Natal
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segunda-feira, 4 de abril de 2011

Quoando vale a pena morrer

A não ser para aquele pessimista da piada, mais cedo ou mais tarde chegará o nosso dia.

Um dos heróis de Shakespeare, cujo nome não me ocorre no momento dizia que “mais vezes que o corajoso, morre o covarde, pois o corajoso sabe enfrentar a sua hora, ao passo que o covarde morre todos os dias”. A frase é mais ou menos essa.

Lembrei-me da frase refletindo sobre a lição de coragem que o grande José Alencar acaba de nos dar. Lutou, resistiu, mas jamais se acovardou diante da possibilidade da passagem para outro plano.

Homem bem humorado, “mineirinho” por derradeiro, conversa mansa e macia, mas de franqueza assustadora, demonstrou que além das inúmeras vitórias conquistadas e que a vida lhe proporcionou teve a humildade como norte e sobriedade (serenidade) como bandeira.

Homem de poucos estudos formais, mas de inteligência rara e autêntico fazedor de frases. Viveu até os últimos dias a ensinar o que os antigos chamavam de “regras do bom viver”, que com certeza aprendeu na universidade da vida.

Eu costumo dizer que a diferença entre o sábio e o sabido é que o sabido pensa que é sábio. E nesse sentido não hesito em dizer que José Alencar foi um sábio, pois sabia que o sabido, como o apressado, normalmente come cru.

Nosso ex-vice-presidente não é apenas um autêntico líder que partiu. É um homem que legou à sua pátria um exemplo de vida digno de ser imitado em todos os sentidos.

O Brasil é e sempre foi assim: um país cheio de contrastes e de contrários. Por vezes, o país do faz de conta, por vezes, o país que vai dar certo.

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