A alegria e a tristeza
Autor: Sílvio Caldas (jsc-2@uol.com.br)
A meu ver, são como as duas faces de uma mesma moeda ou, como diria o compositor brasileiro, “O que dá pra rir dá pra chorar”.
Um amigo meu dizia que só bebia por dois motivos: tristeza ou alegria. Acho que também faz parte do espírito da coisa.
A tristeza pode ser crônica, um estado de espírito permanente, aí é a tristeza mórbida. Doença grave e que precisa ser tratada, não sei se por psicólogo ou por psiquiatra. Mas também pode ser coisa passageira, relativamente de pouca duração. Fato que ocorre e que nos incomoda profundamente, como por exemplo a perda de um ente querido, mas que com o tempo superamos, substituindo-a (a tristeza) pela sensação de saudade.
O outro lado da tristeza é a alegria. Ela pode ser falsa ou verdadeira. Tem pessoas que nos transmitem uma falsa alegria. É clássico o poema do palhaço, que, ao procurar um médico para ver se não morria de tristeza, o facultativo receitou-lhe visitar um circo que estava nas cercanias da cidade, cujo palhaço fazia morrer de rir. Porém...
- Doutor, esse palhaço sou eu.
Acho que o ideal nas pessoas é manter o bom humor, o que não é a mesma coisa da permanente e fantasiosa alegria. O bom humor acalma, nos faz refletir melhor diante dos problemas e nos permite manter um estado de alma compatível, conciliador e apaziguante.
Minha amiga Alberlita é um excelente exemplo de uma pessoa bem humorada. Tira de letra, como se diz no dito popular, qualquer situação. “Levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima”, como diz o outro compositor. Ela é capaz de sorrir diante do fogo que está devorando a própria casa, já que de acordo com sua filosofia de vida, os problemas se resolvem e as dívidas se pagam... assim que se possa. Ela é capaz de pegar o celular, ligar para a irmã e dizer: fulana, minha casa está pegando fogo – ahahahah – ainda bem que eu não estou dentro dela. Até bom, que construo uma melhor ainda.
Pessoas com a índole de Alberlita são permanentemente felizes, uma vez que suportam a tristeza apenas pelo tempo estritamente necessário, ou como diria minha outra amiga Nevinha: a dor é do tamanho que a gente quer.
Nem sei porque nesse começo de ano estou falando dessas coisas, e quase ia me esquecendo de um novo clube que surgiu no final de 2009 em Natal: o Clube do Capão, idealizado pelo cronista Vicente Serejo, cuja presidência já foi requisitada pelo presidente do Clube do Galo, nosso Genibaldo Barros. Promessas de crescer para o ano a ponto de rivalizar com o próprio Galo. Tudo lá, em Lula Ladrão.
segunda-feira, 11 de janeiro de 2010
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