O pai de Maria
O pai de Maria está completando 90 anos. Lúcido e bem humorado. Semi-analfabeto e sábio. Filósofo, sem nunca ter freqüentado os bancos escolares. Humano, solidário, sincero, e honesto. Lutador teve a ousadia de deslocar-se na década de 1950 de Cuité, Paraíba, para Natal, pois sabia que os filhos só poderiam ter um futuro melhor do que o seu se tivesse chance de se educar. Dos quatro, três se formaram.
Sempre apoiado pela esposa, Rosa Azevedo Araújo vieram, pois morar no Alecrim, na Avenida Um e dedicaram-se ao comércio, com um “Caldo de Cana” e posteriormente fabricando doce caseiro, atividade que mantêm até a presente data.
No dia 12, próximo passado os quatro filhos, treze netos, nove bisnetos, demais familiares e pessoas amigas, comemoraram seu aniversário com uma missa em ação de graças, na Igreja Santo Antônio e ajoelhando-se diante do Santíssimo ele falou: - “Senhor estou aqui para agradecer por minha vida e de toda a minha família”. Exemplo de gratidão e fé para a sua posteridade.
Ninguém que visite a casa do pai de Maria sai de lá sem tomar o cafezinho que ele mesmo faz questão de fazer e servir.
- Meu filho – diz de um modo geral – jamais deixe que ninguém segure sua munheca. A frase é típica dele, e diz mais que certos tratados de psicologia.
Ah, o pai de Maria é o meu querido amigo, o velho Josias Paulino de Araújo. E posso resumir sua biografia numa única frase: Um homem de bem.
Parabéns, Josias, graças a Deus existe na terra homens como você!
sábado, 20 de março de 2010
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