O futebol ainda é um esporte?
Autor: Sílvio Caldas (jsc-2@uol.com.br)
Antigamente era. Hoje é apenas uma máquina de fazer dinheiro. Daí o uso de drogas porque são tentados a revelar alguns talentos pouco autênticos. Por isso, aliás, sempre admirei o atleta Pelé (não confundir com Edson), pois seu talento era inato e seu exemplo de condicionamento físico não será provavelmente superado. Se alguém no mundo ainda tem a pretensão de querer comparar Pelé com Má-radona, é o mesmo que comparar o pires com o sol, só por causa da forma arredondada de ambos.
Essa última copa do mundo fez ressaltar sem meias tintas que o futebol não é mais aquele das gerações que o criaram. Não há mais amor pela camisa e os jogadores, pelo menos em nosso País, transformaram-se de repente em meninos ricos e que muitas vezes não sabem o que fazer com tanto dinheiro no bolso. Não creio que seja preciso citar exemplos.
Mas o auge da minha repugnância foi atingido quando tomei conhecimento de que a FIFA estaria pressionando o grande Nelson Mandela para que comparecesse ao estádio que apresentaria a partida final, apesar da recusa dele que, não só pela provecta idade, mas pelo abalo emocional que acabara de sofrer com o prematuro e trágico desaparecimento de sua amada bisneta. Mas a FIFA continuou insistindo e imagino até porquê. Afinal, o futebol transformou-se numa máquina de fazer dinheiro, e o velho líder ajudaria a arrecadar mais ainda, graças a sua já histórica e simpática imagem.
Mas para não dizer que não falei de flores, estava tentando produzir essa crônica quando a TV Senado anuncia o discurso de posse do suplente de Senador João Faustino, que ocupará por algum tempo a titularidade, dado o afastamento do senador Garibaldi Alves.
A primeira coisa que me chamou a atenção foi a ironia da posse: um emedebista sendo sucedido por um suplente tucano em plena disputa eleitoral.
Nesse ponto, nosso Estado tem muita sorte. Temos um quadro de senadores que honrariam qualquer Estado da Federação. E o senador João Faustino bem soube destacar a situação, com muita altivez e personalidade, citando não apenas as grandes lideranças políticas que têm conduzido nosso Estado, não só no presente, como no passado, independentemente da filiação partidária.
Brilhante o currículo não só político, mas profissional do senador recém-empossado.
De parabéns, mais uma vez, o Estado do Rio Grande do Norte.
segunda-feira, 19 de julho de 2010
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