Juro que entendo muito pouco de Política. Só sei de uma coisa: eleição se ganha com votos – comprados ou não – pouco importa.
Os eleitores natalenses mais idosos me contaram que certa feita um amigo meu, Feliciano de Tal candidatou-se a deputado estadual. E numa determinada cidade o marqueteiro dele teve a brilhante idéia de pintar em vários locais, com letras garrafais a frase: FELICIANO VEM AÍ, alusão a próxima visita-comício que o candidato faria naquela localidade.
Pois bem, um gaiato deu-se ao trabalho de sair rabiscando abaixo da propaganda, em letras vermelhas a maldosa frase: QUEM DANADO É FELICIANO?
Pronto! O nome do candidato simplesmente virou piada, e não preciso dizer que o comício redundou num fracasso, dado o desgaste que a espirituosa frase provocou.
Lembrei-me dessa história porque confesso que fiquei estupefato com a escolha do candidato de Serra em relação ao seu Vice. Um tal de Índio da Costa.
Não tenho nada contra o tal Índio, e soube até, por notícia de jornal que ele é autor do projeto ficha-limpa, fato, segundo os entendidos, bastante para credenciá-lo a tão alto posto republicano. Aliás, coerentemente o próprio Índio declarou-se surpreso com a escolha. Imagine eu.
Sei não, mas quando me lembro do tal Índio, na mesma hora recordo-me do sucesso de Feliciano.
Apesar dos pesares, gostei da resposta que ele deu ao bloguista Reinaldo Azevedo. Perguntado se juventude (ele, 39) ajuda ou atrapalha, sorrindo, ele afirmou: “Se for um defeito, tem cura”.
E para não dizer que não falei de flores, o velho Paulo Maluf afirma: “A minha ficha é a mais limpa do Brasil”.
Viva o Brasil, pois!
segunda-feira, 5 de julho de 2010
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