ESCRITOS DE JOAQUIM SÍLVIO CALDAS

Escritor, cronista e apaixonado por Natal
RN

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quinta-feira, 25 de agosto de 2011

CPI - por que não?

Embora já passado na casca do alho, confesso-me um ingênuo em relação às malícias da Política e dos políticos.


Pela lógica, tem razão os partidos de oposição quando pretendem instalar a CPI da corrupção.

Por outro lado, não entendo por que o governo federal (leia-se presidentA Dilma) insiste para que os partidos da base do governo procurem obstruir o desejo oposicionista.

Quanto aos oposicionistas pode-se alegar que só desejam a autopromoção, o brilho dos holofotes da mídia em geral. Pode até ser, mas não tem lógica.

Acho que a base governamental em parte tem razão. Mas as denúncias de corrupção são tão notáveis que melhor seria enfrentar uma CPI (já que a maioria dos membros serão mesmo da base do governo), de acordo com o antigo lema do "quem não deve não teme".

E nesse vai e vem nós, humildes eleitores, ficamos cada vez mais confusos. E o nosso rico dinheiro se esvai pelos ralos das infindáveis discussões e tempo perdido.

Creio que cabia ao governo Dilma, com as devidas cautelas, permitir a instalação da tal CPI. Acho que ganharíamos todos, inclusive o governo. A não ser que as maracutaias sejam tantas e tão profundas a ponto de se tornarem verdadeiros segredos de Estado.

Se realmente existem segredos inconfessáveis, tudo indica que o maior deles é necessariamente o do ex Palocci. Afinal há muito sua cara de pau foi desmascarada e ele sempre esteve na linha de frente dos apoios às candidaturas maiores. E, como não nasceu em berço de ouro fica difícil de explicar tanto sucesso financeiro no plano pessoal.

Quanto aos demais ministros demitidos por mais que possam, por acaso, ter se aproveitado do erário público, serão considerados sempre uns santos diante do grande mago Palocci.

De qualquer forma está fora do comentário acima o ministro Jobim, pois até agora nada se pode alegar da conduta dele, a não ser seu tamanho e grossura.



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