Perdeu o tom e o emprego. Falou demais.
Ninguém tem dúvida que o Jobim Nelson tem mente brilhante e currículo invejável. Mas o que lhe sobra em competência falta em modéstia. E mais, diz o que pensa, mas não pensa no que diz.
Com toda inteligência que Deus lhe deu, em matéria de reserva mental é um gigante de pés de barro. Acho que deve sofrer fortes dores no fígado.
Corajoso, capaz de segurar cobras imensas, grandalhão e grandiloquente, de repente começou a pronunciar frases dúbias e que começaram a afrontar o governo da ex-guerrilheira.
Talvez Dilma não tenha de logo demitido Jobim quando desnecessariamente fez uma dúbia alusão a idiotas e que tinha votado em José Serra, não por faltar a ela coragem, mas por exercer prudência em relação aos militares, por motivos óbvios.
Mas Jobim, talvez se considerando intocável pelo mesmo motivo, continuou sua verborragia extra-prudencial e ironizou com duas ministras de uma só vez. Foi demais.
Àquela altura, Dilma, que não tem nada de ingênua, já tinha produzido as sondagens necessárias e com toda razão fez o que tinha que fazer.
Jobim foi ministro do STF por indicação de Fernando Henrique. Jamais negou sua admiração por aquele ex-presidente. Lula sabia disso. Até aí, tudo bem. Nesse ponto uma nomeação de Lula que confiou na ombridade do amigo do rival político. E Dilma, em respeito a indicação do ex-presidente Lula manteve, talvez nem tanto por vontade própria dela, Jobim no novo ministério.
Considerando que no Brasil o voto é secreto, somente se justifica a desnecessária confissão de voto pelo ministro da defesa a uma provocação, uma afronta à presidente Dilma.
Ao contrário do outro Tom, que jamais desafinou Jobim tentou subir na serra, daí ter sido defenestrado.
Quanto à nomeação do novo ministro, aí é assunto para outra lera.
domingo, 7 de agosto de 2011
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