ESCRITOS DE JOAQUIM SÍLVIO CALDAS

Escritor, cronista e apaixonado por Natal
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quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Gedalva 9.0

No último fim de semana participei das comemorações do nonagésimo aniversário de Gedalva, viúva do meu primo Juca Barbosa, nascido e criado no Poxim, vilarejo pertencente a Japoatã, município de Sergipe.


O primo Juca faleceu aos 37 anos, deixando Gedalva com nove filhos para criar. Na verdade, tiveram 10 filhos, em 11 anos de casamento, sendo que Miriam faleceu antes de completar um ano de idade. Assim a prima Gedalva herdou, além das dívidas, crianças que iam de um a onze anos para criar.

Sem eira nem beira, Gegê, como carinhosamente é chamada pelos filhos, literalmente se virou. Conseguiu botar uma banca na feira, começou a vender carne de sol, as crianças maiores ajudando no que podiam e a escadinha começou a crescer. Coube aos filhos maiores irem ajudando aos menores e a muito custo atingiram a adolescência sempre trabalhando, estudando e vencendo na vida.

História longa e bonita e que pode ser resumida em um telão no simpático jantar que foi oferecido a Gegê pelos nove filhos, oitenta netos e bisnetos em Aracaju no sábado passado.

Gegê, verdadeiro porte de rainha, a todos recebia com aquele sorriso de quem se orgulhava da própria obra, com paciência e um sorriso nos lábios enfrentou uma verdadeira maratona de homenagens, por mais de quatro horas, sem demonstrar um mínimo de cansaço. Após o jantar seguiu-se um baile que se prolongou até as quatro da madrugada.

Não bastasse isso, no dia seguinte, na casa de um dos netos, lá estava Gegê, a jogar dominó com os filhos e convidados, a espera do próximo aniversário.

Parabéns Gegê. Parabéns Eloi, Elci, Josué, Josualdo, Roberto, Etelvina, Graciete, Célia e Felisbela.

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