ESCRITOS DE JOAQUIM SÍLVIO CALDAS

Escritor, cronista e apaixonado por Natal
RN

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quinta-feira, 30 de setembro de 2010

O caso Neymar

O caso Neymar parece muito com o caso Joaquim Roriz. Ambos jogadores excepcionais, sendo que Roriz leva de vantagem a experiência acumulada ao longo de seus muitos anos já vividos, ao passo que Neymar ainda está na flor dos seus 18 e inexperientes anos.

Neymar por enquanto está sendo protegido pelo Santos, clube que já produziu gênios como Pelé e companhia. Em nome de Neymar o Santos sacrificou o técnico Dorival Júnior, que pretendia aplicar um corretivo no jogador para seu próprio bem, esquecendo-se de que o que interessa ao time não é a formação do caráter do jogador, mas o que o mesmo pode proporcionar em termos de gol e logicamente de faturamento. Enfim, a famosa Lei de Gerson, que como nunca está produzindo frutos no nosso país de maravilhosos fenômenos.

Quem não concordou com a pouco ética ascensão de Neymar foi o atual técnico da seleção brasileira, o Mano Menezes que, ao conrário do Santos, preferiu seguir o mesmo raciocínio do seu colega Dorival, isto é, aplicando uma lição de vida ao jogador santista. Como Mano e inatingível pelo Santos, sobrou para Neymar, garoto que graças ao seu inato talento para o exercício do ludopédio está como aquelas meninas bonitas e fogosas de antigamente, “botando a banca”, como se diz, enquanto a ilusão da idade não fenece.

Quanto ao outro jogador, isto é, Joaquim Roriz, pretendendo imitar outro jogador, o Tostão, que era capaz de jogar sem bola, num lance inesperado simplesmente retirou a candidatura ao tomar conhecimento do histórico empate do nosso Superior Tribunal, apostando todas as fichas que lhe restavam na cessação do julgamento do seu processo. Aproveitando a deixa lançou a candidatura da própria esposa ao augusto Senado da nossa República. Ela, que nunca se candidatou a cargo eletivo, de repente viu-se alçada à condição de mãe da pátria, no dizer do filósofo Mão Santa, aliás, do mesmo partido.

Maradona também fez da Argentina campeão mundial de futebol graças a um vergonhoso gol de mão, a que rotulou de “mão de Deus”. Vitórias que não enobrecem e que apenas empurram para o lixo da história seus ganhadores.

O técnico Daniel perdeu o emprego, Mano Menezes manteve o dele, Neymar continua fazendo gols e Roriz trouxe a esposa para o campo da luta.

- E o Brasil? – Está cada vez melhor! Quem viver, verá.

E para terminar, a última: a policia federal descobriu domingo passado que o prefeito de Alagoas teria se apossado de aliimentos que foram doados para as vítimas das enchentes. Estima-se que as “sobras” das doações são resultado de superdimensionamento do número de desabrigados.

Ainda bem que o Brasil não é a China. Lá, os fichas sujas são condenados ao fuzilamento e a família ainda paga a conta.

E por falar em pagar a conta, o estadista Hugo Chavez acaba de conquistar a maioria do parlamento do seu país.

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