ESCRITOS DE JOAQUIM SÍLVIO CALDAS

Escritor, cronista e apaixonado por Natal
RN

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sábado, 4 de agosto de 2012

A suttileza do Ministro Toffoly

Não creio que alguém duvide da competência jurídica do Ministro Toffoly. Certamente que ele não galgou o STF apenas por haver pertencido e defendido o Partido do Trabalhadores. Apesar de ter sido reprovado em dois concursos para a magistratura, isso não é sinônimo de incompetência. Prefiro dizer que “deu azar”.


Meu problema é o seguinte. O Ministro sabe mais que ninguém que era seu dever de consciência averbar suspeição em processo que julgará não só o PT, mas principalmente o ex-ministro Zé.

Ocorre que nos bastidores jurídicos havia algo muito mais importante a ser atingido, que era justamente o que o Ministro Levando-wisky tentou com unhas e dentes, ou seja, a procrastinação do processo, de modo a atingir o afastamento, psla compulsória, o atual presidente do Supremo. Por coincidência, somente ele e o próprio Toffoly votaram a favor do desmembramento do processo.

Quanto ao senhor Procurador, por que não argüiu a suspeição do Ministro Toffoly? Justamente porque a discussão em torno da suspeição do Ministro ensejaria mais um dia (ou mais) de intermináveis discussões.

Portanto, foi uma atitude inteligente a do Ministro Toffoly, que não atendeu nem aos conselhos da sua companheira. No fundo, o objetivo era bem mais sutil – ensejar a interminável discussão em torno da sua continuidade no processo e portanto, o atraso processual tão desejado, visando a compulsória do Ministro Ayres Britto.

Mas o Procurador, que é ingênuo somente nas aparências, entendeu a manobra e nada providenciou em relação à suspeição.

Portanto, duelo de Titans.

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