ESCRITOS DE JOAQUIM SÍLVIO CALDAS

Escritor, cronista e apaixonado por Natal
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quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Horácio Paiva e Gilberto Avelino


Dois grandes poetas. Não idênticos (até pela diferença de idades), mas perfeitamente identificados. Diria mesmo que Horácio era uma espécie de filho espiritual de Gilberto, dele herdando o amor a Macau e a veia poética. Diferentes em muitas coisas nos direcionamentos, mas assemelhados no fundamental.

Conheci a ambos quando presidi a então Junta de Conciliação e Julgamento de Macau. Ambos, advogados e poetas. Amantes dos entreveros jurídicos e daquela ilha misteriosa. Em Gilberto aflorava o sol e o sal. Horacio foi mais além. Foi, não, está indo mais além, aventurando-se em diversos temas e deleitando-nos com fantasias, ficções, realidades e filosofias de que o mundo moderno nos está distanciando.

Em seu mais recente livro – A TORRE AZUL – a ser lançado no próximo dia 30 na Academia Norte Rio Grandense de Letras, nos brinda com as mais variegadas sutilezas de sua alma e do seu estilo. Fala do amor/conquista, fala da natureza, fala de Deus. Enfim, poeta do sol e da lua, da terra e do sol, de Deus e do mundo.

Como Horácio era bem mais jovem do que o mestre (como eu chamava Gilberto), ouso pensar que Horácio passou a ser um Gilberto (et por cause) mais atualizado. Argonauta de mares mais distantes. O que não deslustra a memória do grande poeta que se foi. Mas que engrandece com toda razão o poeta que ficou.

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