ESCRITOS DE JOAQUIM SÍLVIO CALDAS

Escritor, cronista e apaixonado por Natal
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segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Delúbio, o retorno do herói

Deu no noticiário nacional que o ex-presidente Lula defenderá a volta de Delúbio aos quadros do Partido dos Trabalhadores.

Como os brasileiros de razoável memória se recordam, Delúbio foi o tesoureiro do PT que perdeu o cargo após haver confessado no episódio do mensalão que praticava “despesas não contabilizadas” em favor do Partido.

Segundo a informação, Lula afirmou que “o ex-companheiro foi injustiçado”, pelo que deverá a direção da sigla votar seu pedido de refiliação em março ou abril.

Conforme a mesma a fonte, deputado petista André Vargas, que integra o Diretório Nacional da agremiação, o ex-presidente evitava falar do escândalo, mas mudou o tom no fim do mandato, quando chamou o mensalão de “tentativa de golpe” e prometeu reavaliá-lo depois de deixar o Planalto.

Com uma franqueza de arrepiar defunto, o líder paranaense expõe o seguinte raciocínio:

“Como é que nós vamos dizer que ele (Delúbio) não pode se filiar? Nenhum de nós tem condição moral ou política de dizer que ele não pode militar no PT. Se qualquer evidência de caixa dois servir para excluir alguém do PT, tem que dar uma excluída boa, geral. Do PT ou do PTB, do PMDB”, acrescentou.

Portanto, pelo visto, o processo dos mensaleiros vai ser sepultado sem direito a ressuscitar e Delúbio, que foi considerado um herói-cômico por ocasião de seu depoimento na CPI, passará agora a assumir a condição de verdadeiro herói, isto é, homem notável por sua coragem, feitos incríveis, generosidade e altruísmo (confira no Aulete). Na mitologia os heróis eram considerados semi-deuses.

Tendo em vista que o atual ministro da presidenta Dilma, Gilberto Carvalho, que era chefe de gabinete de Lula havia abortado anteriormente a tentativa de retorno de Delúbio ao PT, em 2009, resta saber qual a opinião atual, tanto dele quanto da presidenta...

Enfim, o que ele e a presidenta acham da idéia do retorno? .

De mim, eu acho é pouco!

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